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Você conhece a síndrome de Asperger?

Especialista da Hapvida explica como identificar a condição precocemente

20/02/2025 às 15h10
Por: Danilo Andrade
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Você conhece a síndrome de Asperger?

Apesar de a síndrome de Asperger não ser mais reconhecida como uma categoria diagnóstica independente desde 2003, ela está incluída no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é caracterizada por dificuldades nas interações sociais, padrões repetitivos de comportamento e interesses restritos. Quem tem Asperger pode enfrentar desafios na vida social, na comunicação e na adaptação a novas circunstâncias. A condição é mais frequentemente diagnosticada em crianças, embora os sintomas possam ser leves e passar despercebidos até a adolescência ou a vida adulta.

O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica minuciosa, realizada por um neuropsicólogo, um neurologista ou outros profissionais especialistas nessa área, a partir da observação do comportamento e da aplicação de testes específicos. Algumas características típicas incluem:
* Dificuldade em entender normas e convenções sociais, como expressões faciais, sarcasmo ou ironia;
* Concentração excessiva em um assunto ou hobby e dedicação a eles por longos períodos;
* Dificuldade na comunicação não-verbal, como manter o contato visual e compreender as expressões faciais e gestos;
* Presença de movimentos corporais repetitivos ou insistência em seguir uma rotina rígida.

A causa exata da síndrome de Asperger não é completamente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos e neurológicos desempenham um papel importante. O cérebro da pessoa com autismo possui particularidades, podendo apresentar atrasos do neurodesenvolvimento, o que pode contribuir para as dificuldades sociais e comportamentais típicas do transtorno. Além disso, fatores ambientais e hereditários podem influenciar o surgimento da condição.

Os primeiros sinais geralmente aparecem na primeira infância. Contudo, por se tratar de uma condição leve, o diagnóstico pode ser tardio, com muitos casos sendo identificados apenas na adolescência ou na fase adulta, quando os sintomas começam a afetar mais claramente as interações sociais e a adaptação a novos ambientes.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Autismo (ABRA), cerca de uma a duas pessoas em cada 100 apresentam algum grau de transtorno do espectro autista. A síndrome de Asperger corresponde a uma parte significativa desses casos. 

Embora não exista cura para a condição, o tratamento pode ajudar a melhorar as habilidades sociais e a qualidade de vida. Ele geralmente envolve terapias multiprofissionais, ciência como análise do comportamento aplicada (ABA) e terapia cognitiva comportamental (TCC). A intervenção precoce é fundamental, pois, quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento forem feitos, mais eficazes serão os resultados. E, embora não existam medicamentos específicos para a síndrome, podem ser prescritos, via profissional habilitado, remédios para controlar comorbidades, como ansiedade ou depressão, que podem estar comumente associadas.

Conforme a psicóloga e responsável técnica Marineth Grangeiro, da Hapvida NotreDame Intermédica, é importante o apoio da família e das equipes multiprofissionais e educacionais no processo de cuidado. Segundo a especialista, "a criação de um ambiente previsível, acolhedor e estruturado pode ser fundamental para ajudar a pessoa a se adaptar melhor às situações cotidianas. O apoio de uma equipe multidisciplinar e até mesmo da escola pode fazer toda a diferença no desenvolvimento, permitindo que ela tenha uma vida mais independente e socialmente ativa".

 Marineth ressalta que o acompanhamento médico especializado é crucial ao longo da vida. "É importante que os pais e cuidadores fiquem atentos aos sinais iniciais e busquem orientação profissional. O tratamento não é apenas médico, mas envolve uma rede de apoio, com educadores, terapeutas e profissionais da saúde", reforça.

Sobre a Hapvida
Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil. 
Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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