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Jovem baleada pela PRF na véspera de Natal tem piora no estado de saúde

Juliana Leite Rangel, de 19 anos, retorna à ventilação mecânica após agravamento de quadro infeccioso no Hospital Adão Pereira Nunes.

08/01/2025 às 11h47
Por: Danilo Andrade
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Jovem baleada pela PRF na véspera de Natal tem piora no estado de saúde

Juliana Leite Rangel, jovem baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), apresentou piora significativa no quadro de saúde nas últimas 24 horas. O boletim médico divulgado na madrugada desta quarta-feira (8) pela prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, informou que a paciente precisou voltar à respiração mecânica, interrompendo o processo de reabilitação iniciado nos últimos dias.

Detalhes do quadro clínico

Segundo o boletim emitido pela direção do hospital na noite de terça-feira (7), Juliana voltou a apresentar febre e sinais clínicos e laboratoriais de uma nova infecção. Como parte do tratamento emergencial, a equipe médica reiniciou medicação para controle da pressão arterial, além de sedação leve e ajustes no tratamento da infecção.

A jovem, que segue hospitalizada desde o incidente, também permanece dependente de traqueostomia, um procedimento cirúrgico que permite a respiração por uma abertura na traqueia.

“O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso”, destacou o comunicado oficial do hospital.

O caso

Juliana foi baleada na cabeça por agentes da PRF durante uma abordagem controversa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação policial ocorreu na véspera do Natal, e as circunstâncias do disparo ainda estão sob investigação. O caso gerou ampla repercussão e levantou questionamentos sobre o uso de força letal em abordagens policiais.

Repercussão e investigação

O episódio reacendeu o debate sobre a atuação da PRF em áreas urbanas e o uso excessivo da força por agentes de segurança. Autoridades locais, incluindo o Ministério Público do Rio de Janeiro, acompanham o caso, que também é alvo de um inquérito interno na corporação.

Enquanto isso, a família de Juliana segue pedindo justiça e uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias que levaram ao disparo. "O que queremos é que os responsáveis sejam punidos. Minha filha está lutando pela vida", declarou a mãe de Juliana em entrevista anterior.

A situação clínica da jovem permanece crítica, e atualizações devem ser divulgadas conforme o quadro evoluir.

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