Juliana Leite Rangel, jovem baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), apresentou piora significativa no quadro de saúde nas últimas 24 horas. O boletim médico divulgado na madrugada desta quarta-feira (8) pela prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, informou que a paciente precisou voltar à respiração mecânica, interrompendo o processo de reabilitação iniciado nos últimos dias.
Segundo o boletim emitido pela direção do hospital na noite de terça-feira (7), Juliana voltou a apresentar febre e sinais clínicos e laboratoriais de uma nova infecção. Como parte do tratamento emergencial, a equipe médica reiniciou medicação para controle da pressão arterial, além de sedação leve e ajustes no tratamento da infecção.
A jovem, que segue hospitalizada desde o incidente, também permanece dependente de traqueostomia, um procedimento cirúrgico que permite a respiração por uma abertura na traqueia.
“O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso”, destacou o comunicado oficial do hospital.
Juliana foi baleada na cabeça por agentes da PRF durante uma abordagem controversa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação policial ocorreu na véspera do Natal, e as circunstâncias do disparo ainda estão sob investigação. O caso gerou ampla repercussão e levantou questionamentos sobre o uso de força letal em abordagens policiais.
O episódio reacendeu o debate sobre a atuação da PRF em áreas urbanas e o uso excessivo da força por agentes de segurança. Autoridades locais, incluindo o Ministério Público do Rio de Janeiro, acompanham o caso, que também é alvo de um inquérito interno na corporação.
Enquanto isso, a família de Juliana segue pedindo justiça e uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias que levaram ao disparo. "O que queremos é que os responsáveis sejam punidos. Minha filha está lutando pela vida", declarou a mãe de Juliana em entrevista anterior.
A situação clínica da jovem permanece crítica, e atualizações devem ser divulgadas conforme o quadro evoluir.
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