Na madrugada do dia 1º de janeiro, o goleiro amador Kauan Galdino Florêncio Pereira, de 18 anos, foi baleado na cabeça durante um baile funk em Queimados, na Baixada Fluminense. O incidente teria começado após o jovem pisar no pé de um traficante identificado apenas como “Di Ferro”. Segundo relatos de testemunhas, o traficante exigiu que Kauan pedisse desculpas, mas, nervoso, o jovem não atendeu à exigência, resultando no disparo.
Kauan foi imediatamente socorrido e levado ao Hospital da Posse, onde permanece internado em estado gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ele está sob acompanhamento médico da equipe de neurocirurgia.
Após o ataque, postagens em redes sociais sugerem que "Di Ferro", apontado como o autor do disparo, foi executado pelo tribunal do tráfico, uma prática comum em áreas dominadas por facções criminosas, onde julgamentos e punições são realizados sem intervenção das autoridades.
O caso está sendo investigado pela delegacia de Queimados (55ª DP), que realiza diligências para esclarecer as circunstâncias do crime e identificar os envolvidos. Apesar da morte do principal suspeito, a polícia busca informações sobre possíveis cúmplices e a dinâmica do ocorrido.
A violência associada a bailes funks e ao domínio do tráfico de drogas segue sendo um desafio para as autoridades na Baixada Fluminense. O episódio envolvendo Kauan é mais um exemplo do impacto do poder paralelo na segurança pública e na vida de jovens da região.
A família e amigos de Kauan pedem orações por sua recuperação, enquanto a investigação avança.
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