A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, incluindo militares, ex-ministros e aliados, no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Entre os indiciados estão figuras chave como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, ambos com cargos de destaque durante o governo Bolsonaro.
A decisão foi anunciada após o envio do relatório sigiloso ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Este movimento confirma o encerramento de mais uma etapa da investigação, que já vinha sendo discutida nos bastidores.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, foram identificados seis núcleos que se articularam para subverter o Estado democrático de direito:
As investigações, que duraram quase dois anos, contaram com quebra de sigilos telemáticos, telefônicos, bancários e fiscais, além de colaboração premiada e buscas e apreensões autorizadas pelo Judiciário. A PF afirmou que as provas obtidas demonstram como os investigados se organizaram em grupos com funções específicas, o que permitiu a individualização das condutas.
Agora, a responsabilidade de avaliar as provas recai sobre a Procuradoria-Geral da República (PGR), sob comando de Paulo Gonet. A PGR decidirá se formaliza a denúncia contra os acusados, dando continuidade ao processo judicial.
O desfecho dessa investigação será crucial para entender o alcance das ações e a responsabilidade de figuras políticas e militares no episódio que colocou em risco a estabilidade política do país.
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