Em resposta a uma denúncia de favorecimento eleitoral em Parintins, o governo do Estado anunciou nesta quarta-feira (2) a exoneração de três membros do alto escalão. Foram afastados Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, secretário de Estado de Administração; Marcos Apolo Muniz de Araújo, secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa; e Armando Silva do Valle, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).
A medida ocorre após a coligação de Mateus Assayag divulgar, no último dia 29, trechos de um vídeo em que membros do governo supostamente discutiam estratégias para beneficiar a candidatura de Brena Dianná (União) em Parintins. Diante das acusações, o governo afirmou em nota que as exonerações visam permitir que a Justiça realize as investigações necessárias e garantir uma defesa justa e isonômica aos envolvidos.
Segundo a nota oficial, os secretários e o presidente da Cosama poderão retornar aos seus cargos caso a investigação comprove sua inocência. Além disso, o governo seguiu a recomendação do Ministério Público do Estado (MP-AM), exonerando também o comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (ROCAM), tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, da Companhia de Operações Especiais (COE). Ambos exercerão funções administrativas durante o processo investigativo.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar as ações dos secretários estaduais, com o objetivo de apurar indícios de improbidade administrativa e possíveis violações à segurança pública. A investigação está focada nas imagens e declarações registradas nas gravações divulgadas, que levantam suspeitas sobre o uso da máquina pública em benefício de candidatos específicos.
O processo continua em andamento, e o governo aguarda os resultados das investigações para tomar as medidas cabíveis.
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