A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) quer finalizar, esta semana, a investigação sobre possíveis irregularidades no serviço de lavanderia no hospital de campanha da Nilton Lins, desativado semana passada pela Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas (Susam), após a queda no índice de contaminados pelo novo coronavírus.
Além de considerarem ilegal a atuação da empresa se dá via processo indenizatório, os deputados da comissão desconfiam de superfaturamento e até fraude por parte da Norte Serviços Médicos LTDA. “Quatro toneladas de roupas lavadas quando se tinha quatro pacientes internados é absurdo”, considera o deputado Delegado Péricles, presidente da CPI.
A mudança de donos com a manutenção de um mesmo procurador e a informação de endereço como sede que sequer existe como lavanderia é outro dado que evidencia atos ilícitos, sem contarmos com a diversidade de serviços que vão, de jardinagem a atendimento médico, prestados pela mesma empresa, que sempre é a escolhida. Como isso é possível?”, continua o deputado.
Depoimentos
A empresa alvo de crítica do parlamentar que comanda a CPI é de Criselidea Bezerra de Moraes, que está agendada para dar depoimento na quarta-feira, 22, e o ex-dono da “lavadora de roupa hospitalar”, Vitor Vilhena Gonçalo da Silva, também será sabatinado pelos membros da comissão, mas na tarde da quinta-feira, 23.
Ainda conforme a CPI, a Norte faturou, ao longo de três anos, quase R$25 milhões do Estado. A empresa, que alega ter prestado serviço de lavanderia, afirma ter lavado em 13 dias, 44 toneladas de roupas no hospital da Nilton Lins.