As eleições para prefeito não pegaram em Manaus. Basta observar ao redor, não é o assunto para ninguém. Primeiro se pensou que o tom da disputa seria dado no primeiro debate, na TV Band, mas foi um sonífero, com muita briga e pouca proposta, nem projeto ruim saiu para o manauara “malhar” com colegas no ônibus a caminho do trabalho. Depois, a aposta foi que a coisa ia engrenar na propaganda exibida na TV e no rádio. Nada feito. As campanhas não envolvem o eleitor.
Apesar da indiferença do público, os que anseiam brilhar na campanha para prefeito de Manaus jogam cifras milionárias para os marketeiros levarem a mensagem ao maior número de eleitores possível. O problema, que faz essa conta não fechar, é que os contratados a peso de ouro não falam “AMAZONÊS”, são todos de fora e identidade não se compra.
Leseira baré
Enquanto os candidatos ao cargo majoritário viram as costas para os profissionais de comunicação fluentíssimos em “amazonês” – Jefferson Coronel, os jornalistas Hiel Levy, Paulo Castro, Claudio Barboza, Marcos Stoyanovith, Jorge Bastos, Renato Bagre e outros – os manauaras retribuem a leseira baré.
Já que eleição em Manaus está um desânimo, porque os candidatos não dizem a que vieram, o jeito é o eleitor se distrair com a política nacional, os escândalos do governo estadual e contar com a sorte para ter um futuro melhor.